Padre Giuseppe Antônio Marcheselli - Fundador das Irmãs Franciscanas Missionarias de Assis

Homem de temor filial, afetuoso para com Deus e de terna devoção à Virgem.

Padre Giuseppe Antônio Marcheselli nasceu em 1676, em Casalmaggiore, na província de Cremona. Aos 15 anos de idade, entra no noviciado dos Frades Menores Conventuais, perto do convento São Francisco, em Bolonha, onde “aprende os métodos da oração mental e vocal, além da tutela dos sentidos, o combate espiritual contra os vícios através da arma da mortificação e o exercício da austeridade, a serem alcançados com os jejuns e as disciplinas”. Assimila a espiritualidade do deserto, aprendendo, assim, a proteger a interioridade, educando-se à purificação do coração e à relação íntima e pessoal com o Senhor. Estuda, depois, em Ravena, onde vem a ser ordenado sacerdote com 23 anos de idade, em 1699. O complemento dos estudos acontece primeiro em Roma e, depois, em Assis, na comunidade do Sagrado Convento, do qual se tornará mais tarde guardião, de 1729 a 1731.

O exercício da pregação, à qual se dedica desde, os primeiros anos do seu sacerdócio, caracteriza-o fortemente, graças ao dom de saber falar ao coração e à alma de todos. A eficácia da sua pregação nasce de um contínuo e íntimo contato com Deus na oração, da devoção a Maria e do exemplo de uma vida inteiramente consagrada ao Senhor, para a edificação do Reino e a serviço dos irmãos e das irmãs.

Outro aspecto relevante da atividade apostólica de Padre Marcheselli é o empenho no apoio espiritual. Ele é descrito como homem capaz de tranquilizar e consolar os corações, de induzir os pecadores à conversão, sobretudo graças à doçura da sua caridade. Através da sua paciente e caridosa direção espiritual, muitas pessoas foram atraídas pela perfeição evangélica. Tinha uma especial proteção e defesa para com os encarcerados, as viúvas e as crianças. Com amor de pai e pastor, aceitou cuidar da “Piccola Adunanza”, (forma carinhosa com chamava as primeiras irmãs) desde o seu início, acompanhando as suas filhas em um sério caminho de santidade, recordando com firmeza a importância de viver com radicalidade a vida penitencial. “Em toda sua vida, mesmo em meio às múltiplas atividades e tarefas, revela-se um homem austero e espiritual, empenhado em um caminho ascético e penitente, considerado por ele como meio para tender à perfeição, no desejo de dedicar a sua vida para alcançar a união com Deus”

Por: Irmã Helena Maria Ferreira

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